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domingo, 4 de setembro de 2011

Apresentação

Desde 1994 venho pesquisando sobre as dinâmicas econômicas, territoriais e institucionais do Estado do Amapá, Brasil. Essas análises tem colaborado para entender a condição fronteiriça amapaense, sua interação com a fronteira no Platô das Guianas e os novos usos da fronteira.

Partindo do pressuposto que a estadualizacão amapaense assentou-se em expectativas, e a integração com o platô também está assentada em expectativas, tem-se sugerido várias estratégias de desenvolvimento que necessitam de ações de longo prazo, contínuos e com forte participação de investimentos públicos (estruturantes) e privados (inserindo técnicas e tecnologias).




Prof. Jadson Porto: Vencedor do Prêmio Santander 2005



Prof. Jadson Porto: Cidadão Amapaense



Palacete dos Leões, Curitiba, Paraná.
Jadson Luís Rebelo Porto
Curitiba, 24 de novembro de 2017
Boa Noite!

Foi com muita honra que recebi a notícia da indicação de meu nome para integrar à Academia de Letras José de Alencar. Agradeço, inicialmente a Deus pela graça alcançada; à acadêmica Ariadne Zippin, pela minha indicação; à Academia de Letras José de Alencar, pela oportunidade; e à Universidade Federal do Amapá, por criar todas oportunidades pelas condições de avançar nas pesquisas, como também para a publicação de seus resultados.

Ao receber a notícia de minha indicação a esta nobre Academia, lembrei-me das primeiras palavras de José de Alencar em sua obra "Iracema", escrita em 1865:


Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba; Verdes mares que brilhais como líquida esmeralda aos raios do Sol nascente, perlongando as alvas praias ensombradas de coqueiros.
Serenai verdes mares, e alisai docemente a vaga impetuosa, para que o barco aventureiro manso resvale à flor das águas.
Onde vai a afouta jangada, que deixa rápida a costa cearense, aberta ao fresco terral a grande vela?
Sou natural de Santarém, município paraense situado à margem direita da foz do rio Tapajós, encontrando com o rio Amazonas. Não saí de Santarém pelos mares. Saí pelo rio! As praias santarenas são alvas e as suas águas são de cor esverdeada. A distância de uma margem a outra no encontro dos rios Tapajós e Amazonas chegam atingir 20 km no período de cheia. O rio Amazonas, já foi denominado de "Mar Dulce", devido às suas dimensões. Já enfrentei os banzeiros amazônicos, que são ondas bravias em períodos de ventos e chuvas fortes, cujos transportes fluviais ainda apresentam forte influência nas dinâmicas social, econômica e cultural da região.
Um dos mais importantes intérpretes da Amazônia, Leandro Tocantins, em 1952, assim denominou a sua obra mais impactante: "O rio comanda a vida". Nesta obra, o autor identifica a importância e a influência dos rios amazônicos na vida dos povos ali residentes. O rio que outrora separava regiões, é o mesmo rio que integrava as suas riquezas ao resto do mundo.

Meu barco aventureiro navegou! Tive a oportunidade de morar em 10 cidades brasileiras das regiões Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, como também em Coimbra (Portugal) e Rio Gallegos (Argentina). Com isso, pude vivenciar uma série de experiências regionais que corroboraram para a minha formação profissional. Sou Geógrafo.

Os ventos que sopram minhas velas são oriundos de três fontes: dos meus mestres, que com suas perguntas me estimularam a elaborar novas perguntas; dos livros, que com suas palavras e expressões, me ensinaram a observar, questionar e refletir; e dos meus alunos, que com suas perguntas buscam repostas.

Neste navegar, ancorei na foz do rio Amazonas, esquina com a linha do Equador, como relata nosso poeta amapaense Zé Miguel. Meu trapiche é na Universidade Federal do Amapá.

Meu porto seguro é onde minha família está. Agradeço àqueles familiares que sempre e em todos os dias acompanham este barco aventureiro que resvala pelos mares e por me proporcionarem a enseada que me proteje da vaga impetuosa que expôs José de Alencar acima:  Eunice Porto, Jorge Porto, Júnia Silva, Adriana Porto, e aos meus filhos Ana Girassol e Ivan Luís.

E para finalizar estas breves palavras, agradeço a confiança que depositam em meu nome para integrar esta ilibada Academia. Onde vai a afouta jangada, que deixa rápida a costa cearense, aberta ao fresco terral a grande vela? Perguntou nosso escritor mór. Nesta minha navegação, que não saiu do Ceará, mas do Pará, não sei respondê-lo! Mas eu consegui chegar em Curitiba. Bons ventos aqui me trouxeram.


Muito obrigado.



O VOO DA FLECHA
O voo da flecha é resultado de meu foco, minha força, de minha postura, de minha puxada e de minha técnica. Qualquer desequilíbrio entre eles, influenciará na trajetória, no objetivo e na minha meta (Jadson Porto, Curitiba, 07/03/2017, em uma conversa com meu filho).

MAIS ELOCUBRAÇÕES TEMPORAIS
Pensei em um tempo. Veio-me um instante.
Pensei em um instante. Veio-me um momento.
Pensei em um momento. Veio-me um flash.
Pensei em um flash. Veio-me um pensamento.
Jadson Porto , Macapá, 27/01/2017


A esperança de esperar  (30/12/2016):

Espero que na sua esperança de esperar, você espere a esperança na esperança de esperar o melhor momento de esperar.
Que na espera desta esperança, não espere que a esperança te espere.
Mas espere que o esperar da esperança, sempre te trará novas esperanças, mesmo que espere... Jadson Porto

Momento entre irmãos (22/01/2013)
Minha irmã perguntou: Até onde vai o limite do pensamento?

Respondi: O limite do pensamento é o pensamento. Não o pensar momento, mas o momento de pensar o pensamento. Se perderes o momento de pensar o pensamento, novos momentos, novos pensamentos aparecerão como limites.
Sempre nos perdemos em pensamentos, sempre nos perdemos em momentos, mas nunca nos limitamos ao momento e nem ao pensamento. Limitar o pensamento é limitar o horizonte. Aproveitar o momento, é aproveitar uma parcela do pensamento.
Quando o pensamento precede o momento, eventualmente nasce o planejamento. Lembre-se, também que o momento não depende do pensamento. Às vezes, o momento aparece sem o pensamento pensar que aquele era o momento. Como também, o pensamento surge sem o momento perceber que ele chegou. Constantemente ambos ocorrem. Simplesmente ocorrem.
O momento constantemente é passado, pois este exato momento, não o é mais. Passou. O pensamento tem a capacidade de ir ao passado (quando ele se chama "memória), ou ir ao futuro (quando ele se chama "planejamento", "expectativa"). Quanto ao pensamento presente, é uma fotografia do agora. Neste momento, o pensamento se confunde com o momento.
Meu irmão completou: Mas lembre-se que há o momento e o motivo, cuidado para não perder um momento por um motivo, pois você poderá ter várias vezes o mesmo motivo, mas nunca o mesmo momento... E isso independe da quantidade e do limite do pensamento!
Minha irmã conclui: E ultimamente eu muito penso, pouco falo e tento aproveitar o momento.